Olá, chamo-me Jorge Moreira, tenho 39 anos e um percurso com mais de 10 anos de experiência na área financeira. Iniciei-me em 2007, como assistente comercial, no Banco BPI SA e onde permaneci até 2011. Primeiro na rede de balcões e, posteriormente, integrei a rede de Centros de Investimento do Banco BPI. Foi nesta instituição que percebi, desde cedo, que era na área financeira onde pretendia crescer e progredir profissionalmente. Em 2011 saio do banco BPI para integrar os quadros do Banco Best, onde permaneci até 2013. Em 2013 tomo uma das principais decisões em termos profissionais e que sinaliza uma mudança na minha carreira. Após 5 anos de ligação ao setor bancário, despeço-me do banco Best para tirar o MBA na Católica. O objetivo desta mudança era procurar valências na área de Gestão e procurar uma especialização na área financeira para no futuro poder almejar a ingressar o Departamento Financeiro de uma empresa. É neste ano que assumo o objetivo de carreira de alcançar o cargo de Diretor Financeiro/CFO. Em 2015, perto da conclusão do MBA, sou convidado para um projeto de um Grupo Têxtil de Guimarães onde permaneci durante 1 ano e em 2016 saio para integrar uma empresa do setor metalomecânico, também de Guimarães, para a função de Controller Financeiro. Entretanto, em 2017, aceito o convite para o projeto da Hawkclaw Capital Advisors Lda, onde permaneço até aos dias de hoje como Analista Financeiro. A Hawkclaw é uma sociedade de investimento que gere o património financeiro de famílias e a minha principal função é acompanhar a atividade operacional e financeira das empresas que compõem o portfólio de investimento dos clientes e periodicamente emitir relatórios que auxiliem a tomada de decisão do nosso Diretor de Investimento.
Enquanto Mestre SAGAZ, o seu exemplo é muito importante para os jovens. Neste sentido, que sugestões terá para alguém que queira seguir o seu caminho?
A minha primeira sugestão passa pela escolha da universidade. A preocupação em entrar numa universidade bem conceituada nesta área é muitas vezes a diferença entre se conseguir entrar num determinada função/empresa ou se ficar excluído. Um outro conselho passa por, desde cedo, os jovens começarem a delinear o caminho que pretendem seguir e lutar por esse objetivo independentemente do resultado final. Se lutarmos por aquilo que acreditamos e queremos, ficamos ilibados de um dia mais tarde sentirmos remorsos por nunca termos tentado. Não devemos ter receio de lutar por aquilo que acreditamos independentemente de sermos ou não bem sucedidos. Depois o percurso não termina com a licenciatura. É necessário a procura contínua pelo conhecimento de forma a reunirmos as ferramentas necessárias para auxiliarmos as empresas que nos contratam a alcançar os objetivos a que se propõem. O sucesso coletivo será o sucesso individual. Trabalhar desde cedo o networking é algo que não nos deveremos esquecer e utlizar as ferramentas que atualmente temos ao nosso dispor para nos mostrarmos ao mundo.
Enquanto pessoa e profissional, de que forma é que este projeto e os jovens que tem vindo a acompanhar enriquecem o seu perfil?
A possibilidade de conseguir ajudar e orientar alguém a alcançar algo a que se propõe é bastante gratificante. Acima de tudo tentar evitar que essa pessoa cometa os mesmos erros que nós cometemos por faltar essa orientação advinda de alguém com mais experiência.
Em que medida sente que o seu acompanhamento tem sido importante nas decisões e esclarecimento de dúvidas que os aprendizes vão tendo ao longo do seu percurso académico e profissional?
No meu caso, não consigo responder a esta pergunta porque não posso dizer que tenho tido muita procura por parte dos meus aprendizes. Salvo uma rara excepção por parte de um deles, muito do contacto tem sido por minha iniciativa, mas com respostas fugazes às minhas solicitações. Aliás um deles ainda não respondeu a uma das questões que lhe coloquei há tempos.
Já que hoje falamos de futuro, na sua opinião o SAGAZ deve continuar? Como vê o SAGAZ no futuro?
Penso que sim. Acho que o programa Sagaz, nesta forma de mentoring, pode ser bastante útil para os jovens no sentido de os auxiliar ao longo do seu percurso profissional/académico e ajudá-los na tomada das melhores decisões. Algo que no meu percurso académico e mesmo profissional sinto falta. No entanto, é porventura importante, no futuro, uma triagem dos jovens que irão fazer parte do programa. Incluir somente aqueles que efetivamente pretendem tirar o melhor partido deste programa.